Alguns jogadores de futebol têm reclamado da bola ao ponto de fazer ousadas metáforas. Outros a defendem ao ponto de cometer ousados gestos de amor. A resultante talvez seja jogar sem este circular objeto de controvérsia.
Dunga fez sua aposta. A aposta de Dunga estava errada. Não se chuta cachorro morto. Copa que segue. A Holanda é o Brasil de 1994 sem Romário, para infelicidade de Johann Cruyff. Se Holanda x Brasil foi um jogo morno, de 2 tempos distintos, Uruguai x Gana foi um jogo quente de 2 tempos parecidos e um final épico, dos que trazem a mística do futebol para a realidade física do testemunho banal. Uruguai x Holanda é a primeira partida definida das semifinais. Os uruguaios entram em campo sem o seu herói dos 2 últimos jogos, Luis Soárez, mas em campo estará seu melhor jogador, Diego Forlán. Do outro lado, estarão Sneijder, o equilíbrio do time holandês, e Robben, a tentativa holandesa de desequilibrar o jogo adversário. Um jogo a prometer o que o time de Dunga não soube cumprir.
